As cores e o daltonismo

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Uma dos grandes diferenciais da Técnica Multifatorial é a sua flexibilidade de aplicações que vai além da cartela de cores. Por isto é muito importante compreender que a percepção das cores é parte de um sistema visual maior, mediada por um processo complexo que ocorre através dos neurônios. 

Este processo se inicia com a estimulação distinta de certos tipos de fotorreceptores em nossos olhos e suas interações com a luz. Também chamados de cones, estes fotorreceptores reagem aos diversos comprimentos de ondas de luz, traduzindo-se nas cores vermelho, verde e azul. Cada cone possui uma certa quantidade e diferentes tipos de fotopigmentos (substância química fotossensível), que formam uma visão tricromática, o que deriva também os outros tons de cores.

Quando um destes cones não funciona, surge a dificuldade em distinguir certas cores, resultando no daltonismo. Quem possui daltonismo não enxerga a cor vermelha, ou verde ou azul. Pessoas com uma boa visão podem ver 10 milhões de cores. Existem diferentes tipos de daltonismo, cada um associado a um tipo de cone. Alguns daltônicos apresentam este distúrbio em dois cones, diferenciando apenas uma cor. O vermelho e o verde são as mais comuns.

A causa do daltonismo ocorre por alteração no pigmento dos cones, ou a ausência dessas células fotorreceptoras, o que interfere na capacidade de distinguir algumas cores e na percepção de outras cores do espectro. São identificados 3 tipos de daltonismo:

Protanopia: Diminuição ou ausência total do pigmento vermelho. Na visão deste tipo de daltonismo, enxerga-se tons de marrom, verde ou cinza. Mas pode variar de acordo com a quantidade de pigmentos do objetivo focado. A tendência é que o verde pareça vermelho, tipo sépia.

Deuteranopia: Esse não consegue enxergar cores verdes. Os tons vistos aproximam-se do marrom. Quando um daltônico vê uma árvore, ele consegue enxergar apenas uma cor, com pouca diferença de tons entre tronco e folhas. 

Tritanopia: Um tipo mais raro que atrapalha a visão das cores azul e amarelo. Não é o caso da perda da visão total do azul, que é confundido com o verde, por exemplo. Cores amarelas são vistas  como rosa claro, e a cor laranja desaparece.

Os daltônicos conseguem se adaptar ao mundo colorido utilizando lentes corretivas com filtros de cor, observando apenas algumas limitações específicas para o trabalho, como pilotar aeronaves ou veículos ou qualquer outra ocupação que exija visão perfeita.


Colunista: Cláudia Piantini

Formada em Design de Moda pela Universidade Tuiuti do Paraná, a gaúcha Cláudia Piantini construiu e refinou um método original de consultoria de imagem ao longo de 15 anos de experiência na área. Na intenção de trilhar um caminho mais original, mergulhou em áreas que tangenciam o estudo da imagem.
Tem especialização em Antropologia Cultural (PUC-PR), Comportamento de Consumo (Universidade Positivo) e Neurociência e Comportamento (PUC-RS). Está finalizando a Especialização em Comunicação e Cultura (PUC-PR). A experiência acadêmica e a ampla visão de mundo a ajudaram a criar um método multifatorial, que busca trabalhar o ser humano de forma mais completa por meio de sua estética, comportamento e emoção.

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