Você sabe quem é?

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Todos nós podemos – eu diria devemos! – elucidar com clareza nossa real imagem.

Como você se enxerga no seu meio? Como reforça e expõe suas emoções? Como é o seu não-verbal no ambiente de convivência? E como você se referiria a si próprio no meio em que se encontra?

Se deparar consigo mesmo é fundamental para que haja mudanças internas e externas. Geralmente, as pessoas estão tão incorporadas ao seu meio que não se permitem expressar com clareza sua real essência.

O ser humano é mutante e evolutivo. Mesmo que vista a mesma roupa todos os dias, todos nós podemos chegar a um momento em que não nos reconhecemos mais no espectro de mensagens que estamos passando. Daí a importância do autoconhecimento, o entendimento da proporção e dimensão do que se quer expressar com a sua imagem.

Não podemos afirmar que todos irão procurar a mudança pelos mesmos motivos, é bem provável que cada modo e tempo vividos tragam mudanças com expectativas diferentes. A virada da imagem pessoal pode acontecer devido a um momento, uma mudança de trabalho, um novo amor, um luto, uma conquista ou mesmo o sentimento de busca pelo seu ideal de beleza.

A maneira como somos percebidos pode não estar correspondendo com quem realmente somos na nossa essência. Algumas vezes a autoimagem não corresponde a nossa imagem real e tampouco à imagem que o outro faz de nós.

Harmonizar de maneira clara e assertiva é um processo de conhecimento sobre o gosto pessoa, mensagem e signo de cada linha usada nas roupas e acessórios. O entendimento sobre as linhas que desenham sua figura imagética é importante pelo fato de assumir com fundamentos da imagem uma representação profunda de si próprio. Influenciar o meio de forma eficiente com a imagem desejada nem sempre é um exercício fácil. É necessário a vontade de olhar-se várias vezes no mesmo lugar, porém de maneira diferente, como se desse a volta inteira sobre suas vontades, gosto estético, cores, texturas e comportamento. É um exercício em prol de você mesmo.

Chega um momento de nossas vidas que queremos mostrar nossa a melhor versão. Isso não quer dizer, necessariamente, que precisemos forçar algo chamativo –o caminho do meio é sempre o mais sábio. Pois toda ação que impor aquilo que não somos ou forçar uma imagem nos torna imediatamente desinteressantes e sem relevância.

A imagem pessoal é um bem intransferível e permanente com a qual podemos estruturar uma forma própria de ser.

É como uma impressão digital, cada um tem a sua, o conhecimento conquistado e adquirido pelos nosso repertório, estilo de vida e, claro, crenças estéticas que desejamos transferir ao meio que vivemos.

Em se tratando de imagem pessoal, não existe certo nem errado. Existe o que para cada um de nós entende ser importante afirmar. No decorrer da vida serão a partir dessas afirmações que criaremos e encontraremos uma identidade própria. Todos nós podemos – eu diria devemos! – elucidar com clareza nossa real imagem.

O tempo que temos para nos dedicar ao nosso conhecimento pessoal é raro e de grande valor. E será imprescindível para nossa jornada na Terra. Não deveríamos permitir que mensagens desarmônicas, superficiais e mitificadas interferissem nas nossas crenças estéticas. Quando não deixamos isso acontecer observamos a mudança da beleza ao logo do tempo de forma natural e fortalecidos internamente.

Encontre sua forma de ver e sentir a vida para finalmente encontrar a sua melhor versão. Ser único é realmente entender o seu real valor como se fosse um frasco pequeno de uma essência rara.


Colunista: Cláudia Piantini

Formada em Design de Moda pela Universidade Tuiuti do Paraná, a gaúcha Cláudia Piantini construiu e refinou um método original de consultoria de imagem ao longo de 15 anos de experiência na área. Na intenção de trilhar um caminho mais original, mergulhou em áreas que tangenciam o estudo da imagem.
Tem especialização em Antropologia Cultural (PUC-PR), Comportamento de Consumo (Universidade Positivo) e Neurociência e Comportamento (PUC-RS). Está finalizando a Especialização em Comunicação e Cultura (PUC-PR). A experiência acadêmica e a ampla visão de mundo a ajudaram a criar um método multifatorial, que busca trabalhar o ser humano de forma mais completa por meio de sua estética, comportamento e emoção.

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